ARQUITETURA “GLOCAL”
Está entre os 100 melhores gabinetes de arquitetura do mundo e a expansão que tem vindo a desenhar faz-se de forma equilibrada, consistente, numa base de consolidação da presença internacional. Miguel Saraiva, CEO e Leader Architect da Saraiva + Associados, traduz na primeira pessoa os projetos e as linhas que definem uma equipa multidisciplinar, com mais de 100 pessoas, que abraça o mundo ao mesmo tempo global e local.
12 anos depois do início da internacionalização, a Saraiva + Associados está presente em 14 países, em quatro continentes. É importante a noção de proximidade para o desenvolvimento de uma arquitetura de valor? Porquê?
A S+A pauta-se pelo rigor técnico e conceptual, com um grande acompanhamento local, desde o conceito à finalização da obra. A aliança destes conceitos à experiência adquirida nas diversas áreas de especialização permite-nos desenhar soluções à medida das necessidades dos mercados onde operamos. Deste modo, o atelier ganhou uma identidade muito forte, demarcando-se como uma marca global, o que trouxe necessariamente uma agilidade e um conhecimento para lidar com os desafios de novos mercados e de uma concorrência à escala mundial.
Com ateliers instalados em mercados estratégicos da Ásia, América Latina, África e Europa, a S+A está a desenvolver um know-how local, reforçando cada vez mais a sua experiência numa esfera internacional.
Qual é, no seu entender, a principal questão que inquieta os jovens que abraçam hoje a prática da arquitetura?
Como todos os arquitetos dizem a arquitetura é 10% inspiração, 90% transpiração. É raro cruzarmo-nos com clientes que nos permitam o tempo que gostaríamos para projetar. A oferta/procura de projetos desequilibrou-se e isto deu aos clientes a possibilidade de quererem muito mais, com maior qualidade e por muito menos dinheiro. A diminuição de negócios, o menor fluxo de capital, a vulnerabilidade crónica dos empregos tornaram-se assim as inquietações dos tempos modernos, transversais, claro está, a quase todas as áreas de negócio. Hoje, os jovens têm muito menos oportunidades reais, têm a obrigação de olhar para esta atividade de uma forma global, têm que procurar um mercado. Faz parte do novo paradigma. Estão preparados para esta modalidade, é uma característica desta nova geração.
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Publicado na ROOF 4
@Edifício Residencial Conde Mozer, Monte do Estoril, Portugal
@Condomínio Del Mar Village, Olhão, Portugal
@Edifício Sede da Polícia Judiciária, Lisboa, Portugal
@Edifício Sede da Polícia Judiciária, Lisboa, Portugal
@Sede Tagus Gás, Cartaxo, Portugal
@Hospital Beatriz Ângelo, Loures, Portugal
Texto: Cátia Fernandes