Por uma arquitetura neutra.
“Sem ruído”, “serena”, “neutra”. Assim é, idealmente, a arquitetura para João Mendes Ribeiro. Não é apenas um nome incontornável da arquitetura, mas também da cenografia portuguesa, duas áreas distintas, mas interligadas que correm lado a lado, cruzando caminhos, na vida de João Mendes Ribeiro. Interessam-lhe muitos temas, mas a vida e habitabilidade dos espaços, a forma como os utilizadores e os intérpretes interagem com eles, e a reabilitação são dos que mais se destacam. Entre a docência e a prática no seu atelier, em Coimbra, encontramos no arquiteto o rigor e a capacidade de síntese, a vontade de experimentar e um carinho evidente pelas áreas que abraça.
Tem dividido o seu tempo entre a prática e o ensino da arquitetura. Como é que faz a gestão entre as duas modalidades?
Essa gestão é, de facto, necessária e procuro fazê-la de forma integrada, entendendo o trabalho do atelier, simultaneamente, como uma motivação e uma extensão da investigação em torno do projeto, que desenvolvo em âmbito académico.
O que é que procura que os alunos recebam e apreendam na disciplina de Projeto?
Na disciplina de Projeto tentamos fazer uma simulação da realidade, a partir de um lugar e de um programa concreto, para interpretar os elementos que caracterizam a cidade e o território onde terá lugar a intervenção. O tema do Projeto III é a habitação coletiva em contexto urbano e é desenvolvido até uma escala correspondente ao projeto de execução.
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Publicado na ROOF 19
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