Gostamos de descobrir novos sítios e gostamos que os sítios venham até nós quando não podemos nós ir até eles: não pudemos ir à Arménia, mas a Arménia chegou-nos com todas as cores e todos os sabores. Chegou-nos, neste caso concreto, através do Ararate, o restaurante de cozinha arménia, em Lisboa, numa quinta-feira algo atribulada pelos comuns transtornos citadinos. Mas a bravura foi recompensada. Recebeu-nos um espaço confortável e amabilidade genuína daqueles que têm gosto em proporcionar uma viagem gastronómica inesquecível.
Ficou-nos na memória a mesa farta, típica, de cheiros e sabores profundos, aveludados, ricos, da cozinha guiada pelo jovem chef Andranik Mesropyan. Era, de facto, uma mesa preenchida e admitimos que a escolha mais difícil que enfrentámos naqueles momentos, sentados em cadeiras de madeira rústicas e rodeados por uma decoração tradicional arménia e pelos cheiros dos produtos que de lá nos chegam, foi decidir por onde começar. As três surpresas do chef (ameixa, queijo, noz) e os enchidos típicos – de onde destacamos o sudjuk (salsicha seca de borrego) – foram o início ideal para abrir o apetite a tudo o que se seguiu.
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Publicado na ROOF 21 – VOLUMES

Ficou-nos na memória a mesa farta, típica, de cheiros e sabores profundos, aveludados, ricos, da cozinha guiada pelo jovem chef Andranik Mesropyan.

Texto: Inês Mendes
Fotografia: Philippe Simões
Ararate